OS PRINCIPAIS DESAFIOS QUE A POPULAÇÃO BRASILEIRA EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL E ECONÔMICA ENFRENTA NO TEMA E COMO NEGÓCIOS DE IMPACTO SOCIAL PODEM CONTRIBUIR PARA TRAZER MAIS DIGNIDADE E QUALIDADE DE VIDA.
“A moradia não se resume a apenas um teto e quatro paredes, mas ao direito de toda pessoa ter acesso a um lar e a uma comunidade segura para viver em paz, dignidade e com saúde física e mental”
A moradia tem papel fundamental na vida das pessoas. Transformar o morar em algo seguro, digno, confortável e saudável tem um poder transformador e pode impactar de forma transversal e positiva a vida de indivíduos, famílias e a cidade como um todo.
Diante de um tema tão importante e que apresenta diversos desafios, nós da Artemisia - ao lado da Gerdau e em parceria com o Instituto Vedacit, Tigre e Votorantim Cimentos e apoio da CAIXA, CAU/BR, Vivenda e Habitat para a Humanidade Brasil - elaboramos a Tese de Impacto Social em Habitação. O estudo - que já está em sua 2ª edição - reúne informações sobre os problemas enfrentados na habitação pelos brasileiros e brasileiras em situação de vulnerabilidade e aponta as oportunidades para o desenvolvimento de negócios de impacto social que possam contribuir de forma positiva à sociedade.
Qual é o impacto da moradia na vida de uma pessoa?
Moradia é um direito humano fundamental assegurado pela Constituição Federal e vai além do simples acesso à uma casa. Muito mais do que ter uma estrutura física segura, os benefícios de uma habitação adequada têm forte correlação com saúde, educação, autoestima e bem-estar geral das pessoas que ali vivem e o acesso que têm à cidade.
Às vezes você vê sua casa estragada e não tem ânimo nem para sair. Quando você vê mais arrumadinha você tem ânimo para sair, conversar com o vizinho, chamar seu vizinho para vir na sua casa. É outra coisa
Moradora da periferia - entrevista Análise de Impacto Vivenda, 2017
mundo
Assentamentos informais, favelas e outros bairros residenciais pobres são um fenômeno urbano global. Os dados são alarmantes, especialmente em países em desenvolvimento.
1/4 da população mundial urbana
vive em favelas e assentamentos informais
Fonte: ONU-HABITAT, 2021 (Proportion of Urban Population living in Slum Households by Country or Area 1990-2018).
330 milhões de famílias
estão financeiramente ameaçadas pelos custos de habitação e esse número pode crescer para 440 milhões em 2025
(McKinsey, 2014)
1 bilhão de novas casas
serão necessárias até 2025, com um custo total de US$ 9 a 11 trilhões
(Mckinsey, 2014)
+216 MILHÕES DE PESSOAS
passaram a morar em favelas entre 2000 e 2018 (acréscimo de 26% no número absoluto de moradores dessas áreas).
(ONU-HABITAT, 2021 - Proportion of Urban Population living in Slum Households by Country or Area 1990-2018)
TSUNAMI DE DESPEJOS
Com a perda de renda de muitas famílias na crise desencadeada pela COVID-19, os despejos forçados têm sido um fenômeno global.
(UN-Human Rights, 2020)
Brasil
Um problema global que demanda soluções locais
Como está a situação do Brasil?
Atualmente, enfrentamos o déficit quantitativo e qualitativo de moradias - problemas
igualmente importantes e que merecem atenção. O desafio quantitativo está relacionado à
demanda de construção de novas casas, já o qualitativo diz respeito à necessidade de
adequação das moradias já construídas.
Déficit Quantitativo
No Brasil, ainda há um déficit habitacional de 5,9 milhões
DÉFICIT QUALITATIVO
24,9 milhões das casas já construídas não proporcionam condições desejadas de habitação
(Fund. João Pinheiro, 2021. Ano de referência 2019.)
As condições da casa e a localização do bairro onde se vive influencia diretamente a saúde, qualidade de vida e oportunidades de desenvolvimento das pessoas.
Muitos brasileiros ainda estão distantes de ter uma habitação adequada.
85% da população brasileira vive em áreas urbanas, onde se concentram os grandes
desafios habitacionais, principalmente nas regiões metropolitanas. A população de menor renda é a mais afetada e enfrenta as maiores barreiras para alcançar o direito à moradia e à cidade. Muitas dessas áreas não têm acesso à infraestrutura básica e possui índices elevados de violência e miséria.
14,25 milhões de moradias
carecem de pelo menos um serviço de infraestrutura urbana - energia elétrica, abastecimento de água, esgotamento sanitário e/ou coleta de lixo. (Fund. João Pinheiro, 2021. Ano de referência 2019)
Ainda existem 170 mil casas sem luz, apesar de 99,8% dos domicílios brasileiros terem acesso à energia elétrica(Resenha Energética Brasileira, 2021. Ano Base 2020)
7,9% da população não têm acesso ao serviço de coleta domiciliar de resíduos sólidos (SNIS, 2019)
45,9% da população não acessa serviços de coleta de esgoto, ou seja, quase 100 milhões de pessoas (Instituto Trata Brasil, 2021. Painel Saneamento Brasil. Dados do SNIS, 2019)
16,3% da população ainda não é atendida pela rede de abastecimento de água, ou seja, 35 milhões de pessoas (Instituto Trata Brasil, 2021. Painel Saneamento Brasil. Dados do SNIS, 2019)
Periferia
COMO CHEGAMOS ATÉ AQUI
Jardim Ângela | Crédito: Marco Torelli
Segregação socioespacial das cidades
O processo de urbanização no Brasil aconteceu a partir da segunda metade do século XXI de forma rápida. Em meados de 1960, a maioria da nossa população já vivia em cidades.
Porém o acesso a terra pelo mercado formal ou por políticas públicas foram insuficientes para atender todas as pessoas que chegavam às cidades. E as consequências disso repercutem até hoje, com a atual segregação socioespacial, tendo a presença de favelas e ocupações como parte do cenário das grandes cidades.
Em 2010, 11,4 milhões de brasileiros já viviam em favelas*
Sendo 88,6% em regiões metropolitanas com mais de 1 milhão de habitantes e 49,8% localizadas no Sudeste.
(IBGE 2010)
*Número de aglomerados subnormais. De acordo com o IBGE, são assentamentos irregulares, também conhecidos como favelas, invasões, grotas, baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos e palafitas, entre outros.
Pouca escolha, muitos desafios
A população em situação de vulnerabilidade econômica se depara com opções limitadas de moradia - muitas vezes tendo que recorrer a situações precárias do mercado informal - que acompanham algum ônus em sua decisão.
Morar perto do trabalho em uma região central significa, muitas vezes, gastar mais com aluguel, o que pode ser inviável financeiramente ou um impeditivo para o direcionamento desse recurso para outras necessidades básicas. A opção de morar em uma região mais periférica acaba sendo a única que cabe no bolso, porém, acompanha a redução do acesso à lazer, saúde, educação e serviços de infraestrutura, além do aumento de tempo e dinheiro gastos com o transporte.
Muitas famílias vivem o seguinte dilema: ou gastam mais para morar no centro e economizar com transporte, ou vão para a periferia, onde economizam com moradia, mas gastam mais com o deslocamento. Não é uma equação fácil.
Especialista em arquitetura e urbanismo
Os pobres urbanos têm de resolver uma equação complexa ao tentar otimizar o custo habitacional, a garantia da posse, a qualidade do abrigo, a distância do trabalho, e por vezes, a própria segurança.
Urbanista e escritor
Este cenário gera uma desigualdade social e econômica que separa os ricos e os pobres, literalmente. Essas distâncias físicas e sociais são chamadas pela ONU de Armadilha de Pobreza Espacial
Empregos
Limita a oferta de empregos, moradores de zonas afastadas ficam em condições econômicas vulneráveis
Interação Social
Reduz as formas de interação social, o que diminui os efeitos positivos do capital social
Disparidade de gênero
Aumenta a disparidade de gênero devido a riscos de violência e dificuldade de acesso a transporte
Deslocamentos
Piora as condições de vida devido aos deslocamentos diários e os custos associados
Marginalização Social
Incrementa a exclusão e marginalização social, assim como o acesso a bens públicos insuficientes
Violência
Amplifica a possibilidade de violência e insegurança
Fonte: ONU
Moradia adequada
“A moradia não pode ser vista como uma caixa onde você entra e sai, feita só para servir de dormitório. A moradia tem que vir aquecida de saúde, educação mobilidade, cultura e lazer (...)morar é dar uma qualidade de vida ao ser humano”.
Líder de movimento social
Afinal, o que é uma moradia adequada?
De acordo com a ONU é ter acesso a:
Segurança de Posse
A moradia não é adequada se os seus ocupantes não têm um grau de segurança de posse que garanta a proteção legal contra despejos forçados, perseguição e outras ameaças.
Disponibilidade de serviços, materiais, instalações e infraestrutura
A moradia não é adequada se os seus ocupantes não têm água potável, saneamento básico, energia para cozinhar, aquecimento, iluminação, armazenamento de alimentos ou coleta de lixo.
Economicidade
A moradia não é adequada, se o seu custo ameaça ou compromete o exercício de outros direitos humanos dos ocupantes.
Habitabilidade
A moradia não é adequada se não garantir a segurança física e estrutural proporcionando um espaço adequado, bem como proteção contra o frio, umidade, calor, chuva, vento, outras ameaças à saúde.
Acessibilidade
A moradia não é adequada se as necessidades específicas dos grupos desfavorecidos e marginalizados não são levados em conta.
Localização
A moradia não é adequada se for isolada de oportunidades de emprego, serviços de saúde, escolas, creches e outras instalações sociais ou, se localizados em áreas poluídas ou perigosas.
Adequação Cultural
A moradia não é adequada se não respeitar e levar em conta a expressão da identidade cultural.
OPORTUNIDADES
Habitação &
Empreendedorismo
de Impacto Social
Desafios grandes e complexos demandam soluções inovadoras de diferentes setores da nossa sociedade. Diante dos problemas que nos deparamos no tema de habitação e do papel estruturante que a moradia tem na vida das pessoas, vemos a necessidade de ações conjuntas para trazer mudanças neste cenário tão alarmante.
Acreditamos que negócios de impacto social - por nascerem com a intenção de oferecer produtos/serviços focados na resolução de problemas da nossa sociedade - podem amenizar parte de alguns desses desafios com soluções inovadoras e acessíveis, trazendo mais qualidade de vida a milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade econômica.
Confira as 9 oportunidades em habitação para empreendedores(as) que querem gerar impacto social:
Quer ver a versão completa com todas as oportunidades?
Baixe o estudo na íntegra aqui
Tá ansioso(a) para já ver as oportunidades?
Confira aqui embaixo a versão resumida
#1
Soluções Financeiras para Habitação
Facilitar o acesso a crédito com taxas acessíveis para aquisição ou reformas de moradias.
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#1
Soluções Financeiras para Habitação
Não existe mercado imobiliário sem uma estrutura de financiamento. A falta de soluções financeiras adequadas à realidade das pessoas de baixa renda é um dos principais entraves para a oferta de soluções de moradia. Acoplar soluções financeiras aos serviços ofertados é essencial para quem quer atuar com impacto no setor, atendendo essa parcela da população.
São oportunidades:
Crédito para reformas de moradias e de pequenos comércios em comunidades, com análise diferenciada de concessão, parcelamento, além de valores e taxas acessíveis.
Consórcio para reformas.
Financiamento para aquisição de casa própria adaptadas às necessidades e características da população de menor renda.
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#2
Regularização Fundiária
Regularizar a situação de famílias em ocupações irregulares e diminuir custos com burocracias.
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#2
Regularização Fundiária
Muitas vezes, o problema da moradia adequada não é o teto, e sim o chão. A segurança de posse é um dos pilares fundamentais para considerar uma moradia adequada. Porém, parte das famílias de baixa renda estão em áreas de ocupação irregular, encontrando-se em situação de inadequação fundiária.
São oportunidades:
Serviços de intermediação entre moradores de ocupações, poder público e donos das propriedades privadas para regularizar assentamentos irregulares.
Serviços que diminuam a assimetria de informação e reduzam o custo dos processos e documentos necessários para regularização.
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#3
Aluguel acessível para moradia adequada
Possibilitar o acesso à moradia digna por meio de um aluguel acessível e desburocratizado.
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#3
Aluguel acessível para moradia adequada
O aluguel em centros urbanos é uma opção que possibilita uma melhor localização aos seus moradores. No entanto, as pessoas de baixa renda estão mais distantes de uma solução adequada, seja pelo ônus excessivo com aluguel, dificuldade em acessar o mercado formal que requer comprovação de renda e fiador, ou pela insegurança de permanência pela informalidade.
São oportunidades:
Serviços de conexão entre proprietários e interessados em alugar um imóvel que considere as particularidades do público (como por exemplo: dificuldade na comprovação de renda, acesso a avalista ou fiador).
Serviços que permitam a moradia em áreas centrais das cidades por meio de aluguéis acessíveis.
Serviços para formalização de contratos de aluguel para garantir a segurança das duas pontas.
Serviços que possibilitem o compartilhamento de moradias de modo a reduzir os custos individuais.
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#4
Reformas Habitacionais e Assistência técnica
Possibilitar o acesso a reformas habitacionais e assistência técnica acessíveis e qualificadas.
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#4
Reformas Habitacionais e Assistência técnica
A maioria das construções e reformas são feitas sem assistência técnica e planejamento, o que pode resultar em moradias de baixa qualidade e problemas à saúde dos seus moradores. Além disso, as reformas feitas por meio da autoconstrução são mais demoradas e tendem a ser mais caras.
São oportunidades:
Serviços com solução completa de reforma de cômodos da casa, incluindo assistência técnica, planejamento e materiais.
Serviços de arquitetura acessíveis para desenho de projeto e planejamento de obra para construção e/ou expansão de casas.
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#5
Gestão de condomínio de habitação social
Qualificar e otimizar a gestão de condomínios de habitação social, gerando inserção social e econômica às famílias.
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#5
Gestão de condomínio de habitação social
Grande parte das habitações de interesse social está em regime de condomínio, algo novo para seus moradores - pessoas de diferentes históricos que precisam se adaptar às novas regras, relações sociais e convívio em áreas comuns e coletivas. Existe a necessidade de apoio na gestão desses condomínios e ainda há pouca oferta especializada de serviços para limpeza e manutenção.
São oportunidades:
Formação profissional para síndicos de Habitação de Interesse Social
Plataformas/serviços que facilitem a gestão do condomínio para síndicos e ofereçam treinamentos aos moradores sobre a vida em condomínio.
Serviços adaptados para demandas de condomínios de HIS para limpeza, manutenção de áreas comuns (ex. caixa d'água).
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#6
Acesso e eficiência de serviços básicos (água, esgoto, energia e coleta de lixo)
Possibilitar acesso e alternativas de qualidade para serviços básicos, gerar eficiência energética, consumo consciente de água e energia e reduzir custos de serviços de moradia.
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#6
(água, esgoto, energia e coleta de lixo)
Moradias afastadas dos centros estão privadas de parte dos serviços básicos de infraestrutura, como água, esgoto, coleta de lixo e energia elétrica. É preciso considerar alternativas que levem em consideração a sustentabilidade ambiental e a viabilidade financeira às pessoas em situação de vulnerabilidade econômica.
São oportunidades:
Produtos e serviços que permitam a otimização do uso e consequente redução de custos com energia. Ex: uso de IoT (Internet das coisas) para identificar padrões de consumo.
Acesso à energia não convencional a um custo acessível que gere economia com a conta de luz a longo prazo. Ex: parcelamento de painel fotovoltaico.
Tecnologias de geração de energia solar térmica para aquecimento de água a baixo custo.
Sistemas alternativos para coleta de lixo.
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#7
Qualificação dos espaços públicos e desenvolvimento local
Melhorar espaços públicos e comuns em comunidades de baixa renda, fortalecer a economia local e levar acesso à cidade para as periferias
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#7
Qualificação dos espaços públicos e desenvolvimento local
Parte da população de baixa renda vive em periferias e áreas afastadas dos centros das cidades, com acesso reduzido a serviços básicos e poucas opções de lazer e mobilidade urbana. Nesses locais, os espaços comuns e a socialização entre moradores são valorizados, que resulta em uma forte rede de apoio, no fortalecimento da cultura da região e da economia local.
São oportunidades:
Instalações de mobiliários urbanos, parques, praças, quadras em áreas periféricas com pouca oferta.
Reformas e projetos de assistência técnica para moradias usadas por comerciantes ou prestadores de serviço da região.
Produtos e serviços para estimular a economia local.
Serviços que permitam o desenvolvimento local (educação, empregabilidade e saúde) e o fortalecimento da cidadania.
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#8
Capacitação e oportunidades para profissionais da construção civil
Ampliar as oportunidades do(a) trabalhador(a) da construção civil e qualificar a mão de obra do setor.
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#8
Capacitação e oportunidades para profissionais da construção civil
A falta de mão de obra qualificada - resultado do baixo acesso a treinamento ou pela dificuldade no uso de tecnologias - é uma das grandes desafios do setor de habitação. Os profissionais da construção civil têm um histórico de baixo nível educacional e atuam de forma informal, costumando ter um rendimento financeiro menor que os trabalhadores formalizados.
São oportunidades:
Cursos profissionalizantes acessíveis para gerenciamento de obras (criação de orçamentos, gestão financeira, etc.)
Cursos e plataformas de treinamento para empresas da construção civil.
Uso da realidade virtual e aumentada para treinamentos e data analytics aplicada ao setor para valorizar e reter profissionais qualificados.
Soluções de intermediação na contratação de pedreiros, mestres de obras, etc.
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#9
Inovações em processos e materiais da construção civil
Materiais mais sustentáveis, resistentes e baratos e processos inovadores, eficientes e com custos menores.
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#9
Inovações em processos e materiais da construção civil
O setor de construção civil ainda é pouco tecnológico e enfrenta desafios de improdutividade, sobra e desperdício de materiais. Novos materiais e soluções que tornem os processos mais eficientes, podendo baratear o custo de produção de unidade habitacional - tanto para as famílias, como para o poder público - são bem-vindos.
São oportunidades:
Desenvolvimento de moradias com novos materiais mais sustentáveis, resistentes e/ou baratos.
Plataformas que conectem obras com sobras de materiais de qualidade e pessoas de baixa renda que estão construindo/reformando suas moradias.
Plataformas acessíveis que permitam gerenciamento de obras ou conexão entre as etapas do processo construtivo (do projeto à finalização da obra).
Nós da Artemisia acreditamos que só por meio de conexões transformadoras é possível termos soluções efetivas para os desafios que enfrentamos hoje em nossa sociedade. Por isso, nos unimos a organizações e pessoas com intenção de gerar mudanças positivas e que compartilham conosco a visão de que negócios de impacto social podem contribuir para a construção de um país mais justo e menos desigual. Saiba mais sobre a coalizão.
Para aprofundar o entendimento de quais são as reais necessidades da população no tema da moradia e onde os negócios podem gerar impacto positivo e melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas, desenvolvemos a Tese de Impacto Social em Habitação.
O estudo foi produzido por nós da Artemisia em parceria com a Gerdau, Instituto Vedacit, Tigre e Votorantim Cimentos e apoio da CAIXA e CAU-BR. Em 2021, a Tese foi atualizada e a coalizão responsável pelo estudo ganhou o apoio da Vivenda e da Habitat para a Humanidade Brasil.