Artemisia

Startup utiliza inteligência artificial para detectar e reduzir incêndios florestais

Através de câmeras de monitoramento, tecnologia e brigadas de incêndio, o negócio de impacto umgrauemeio tem garantido ao pantanal vigilância e proteção 24 horas por dia

Por Maure Pessanha

Um dos maiores projetos de detecção precoce de incêndios no mundo — Abrace o Pantanal — está sendo conduzido por um negócio de impacto socioambiental brasileiro. A empresa umgrauemeio tem garantido uma vigilância intensiva em tempo real, 24 horas por dia, para proteger uma área de 2,5 milhões de hectares deste bioma. No processo, a startup une câmeras de monitoramento, inteligência artificial e brigadas para garantir um combate rápido e eficiente ao fogo.

Antes do uso da tecnologia da umgrauemeio, a identificação de focos de incêndio nessas áreas remotas do Pantanal era feita por imagens de satélite — o que levava de dois a três dias. Hoje, ao detectar os incêndios florestais em menos de três minutos, a redução das perdas nas áreas queimadas é de até 90%. Essa agilidade é peça-chave para proteger o patrimônio natural que inclui áreas privadas e públicas, como o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense.

Fundada por Rogério Cavalcante em 2016 (com o nome Sintecsys), o foco da startup é usar inteligência e tecnologia para resolver o problema dos incêndios florestais — que representam cerca de 20% das emissões mundiais de CO2, destroem a biodiversidade, afetam a saúde humana, a economia e a qualidade da água nos reservatórios urbanos e nas nascentes.

Para endereçar o desafio, os empreendedores desenvolveram o software Pantera, uma plataforma integrada para gestão de incêndios florestais e agrícolas que oferece módulos para prevenção, detecção precoce por câmeras (inteligência artificial) e satélites, resposta rápida (gestão de brigadas e de recursos) e, ainda, efetua a mensuração das emissões e o impacto nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A empresa tem como cofundadores Antonio Leblanc, Eimi Arikawa, Diego Debruyn, Osmar Bambini, Cristiano Ceccatti e Maira Domene.

A análise do impacto socioambiental do negócio se dá pela prevenção contra incêndios — tanto nos biomas naturais quanto em florestas plantadas e áreas agrícolas. Pelo fato de os incêndios florestais serem uma das principais fontes de emissão de CO2, a redução dele é outro ponto a ser considerado na avaliação do impacto, tendo em vista que age diretamente no combate às mudanças climáticas.

Desta forma, reduz-se a probabilidade de eventos climáticos extremos, melhora-se a qualidade de vida das pessoas, conserva-se a flora e a fauna e promove a redução de perdas financeiras. Hoje, a umgrauemeio monitora cerca de 8,6 milhões de hectares em seis biomas diferentes.

Sobre a visão de futuro do negócio, o empreendedor aponta o sonho da umgrauemeio ser reconhecida como uma tecnologia climática que está ajudando a mitigar o aquecimento global e a destruição ambiental.

“Sabemos da urgência de endereçar soluções para o problema das mudanças e, por isso, levamos em nosso próprio nome a meta a ser alcançada: manter a elevação de temperatura do planeta abaixo de 1.5 oC. Hoje, somos orientados pelas melhores práticas em ESG (sigla em inglês, em livre tradução, de Ambiental, Social e Governança), assim como estamos alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela Organização das Nações Unidas no Acordo de Paris”, afirma Rogério Cavalcante.

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