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Programa busca startups verdes voltadas à economia de baixo carbono

Para potencializar no Brasil a economia regenerativa e de baixo carbono, o programa Conexões Onda Verde está selecionando startups associadas à temática. A proposta é criar oportunidades de negócios com grandes empresas e fundos de investimento de impacto socioambiental para empreendedores e empreendedoras.

Resultado de uma parceria com o Fundo IPU — Water & Sanitation Venture Philanthropy, a iniciativa é liderada pela Climate Ventures, uma plataforma de inovação especializada em conectar organizações, governos, investidores e empreendedores em busca de um futuro melhor para o clima. Gratuitas, as inscrições para o programa estão abertas até 26 de junho e podem ser feitas pelo site.

Com foco em encontrar startups verdes com potencial de redução do impacto climático e de geração de negócios verdes — em sete setores-chave da economia (água e saneamento, agropecuária, florestas e uso do solo, indústria, energia, gestão de resíduos e logística e mobilidade) –, o programa Conexões Onda Verde vai selecionar até 20 empresas para que, durante quatro meses, recebam treinamentos e mentorias preparatórias.

O suporte abarca, ainda, o fomento ao relacionamento com empresas e investidores. Está previsto, também, um prêmio de R$ 50 mil para uma startup que se destacar durante o processo. Ressalto que, ao longo da aceleração, empresas e investidores poderão fazer parte das rodadas de negócio e do Demoday.

O programa está alinhado aos objetivos de impacto do Fundo IPU, que é a primeira iniciativa de venture philanthropy no Brasil ligada à causa da água e do saneamento. A Climate Ventures, por sua vez, tem liderado um trabalho inovador e consistente, com o propósito de desenvolver o ecossistema de empreendedorismo climático no Brasil — contribuindo com a descarbonização da economia e regeneração do planeta.

Desde sua fundação, em 2018, a plataforma já impulsionou mais de 60 startups em setores estratégicos, com mais de R$ 30 milhões em investimentos alavancados, além de ter mapeado mais de 1,3 mil organizações da economia verde. A iniciativa conta com o apoio do Instituto Iguá de Sustentabilidade, criado em 2018 para contribuir para a universalização do saneamento no Brasil, por meio da inovação e da educação para o desenvolvimento sustentável.

Por último, quero destacar a importância desta iniciativa em prol do desenvolvimento de uma economia verde no País. Os desafios socioambientais que o Brasil e o mundo enfrentam no século 21 são complexos e requerem uma mudança nos modelos mentais de cidadãos e organizações.

Maure Pessanha é empreendedora e presidente do Conselho da Artemisia. Texto publicado originalmente no Blog do Empreendedor — Estadão PME.

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