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A igualdade não pode esperar. Essa mensagem está muito clara na narrativa do livro O momento de voar, da filantropa Melinda Gates. Na obra, ela conta histórias de mulheres que têm lutado, nos quatro canto do globo, pela igualdade de direitos.
“Elas me desafiam a ser mais corajosa em minha própria vida. Todos se beneficiam quando paramos de conter as mulheres, pois o empoderamento é uma mudança que precisamos”, afirma, repetidamente, nas entrevistas concedidas na turnê literária.
Uma curiosidade: o motivo do título é entregue nas primeiras páginas. A autora adorava, quando menina, assistir aos lançamentos de foguetes, sobretudo no momento da ignição dos motores — que chacoalhavam a terra, fazendo-os subir. O exato momento do voo, no qual superamos a gravidade. É isso que Melinda deseja para as mulheres mundo afora. Ela quer responder a uma pergunta complexa e pertinente: Como podemos invocar esse momento de alçar voo para os seres humanos, especialmente as mulheres?
Em seu livro de estreia — cujo subtítulo é Como o empoderamento feminino muda o mundo — ela fala sobre o quanto podemos nos sobrepor ao que nos põe para baixo. E por que isso é tão importante? Como Melinda, acredito que enaltecer as mulheres é elevar a humanidade. Estamos em um momento crucial para criar formas propulsoras que deem suporte à essa mudança. Assim como a autora, acredito que para mudar a vida de uma comunidade, o ponto de partida é o fortalecimento da autonomia das mulheres.
Questões como o fim da desigualdade de gênero — não apenas nos ambientes de trabalho, mas em todos os espaços sociais de poder –, e o respeito à integridade física e mental são pilares dessa mudança que precisamos. Interessante notar que a própria Melinda luta por equidade dentro do casamento; diariamente ela supera dificuldades nessa busca, na qual a inspiração vem de mulheres e homens extraordinários que conheceu ao longo da vida.
“Um manifesto urgente por uma sociedade igualitária”, classificou Malala Yousafzai. Concordo, plenamente. Esse é um livro que merece ser lido por seres humanos genuinamente interessados em construir uma sociedade melhor. Explico esse ponto de vista de modo muito simples. Metade da população mundial é formada por mulheres; muitas delas são tratadas com desprezo e crueldade em sociedades que calam suas vozes e ignoram seus direitos. Esse domínio predominantemente
masculino não será capaz de levar a civilização a um outro patamar. Lutar pela igualdade e inclusão das mulheres no diálogo e na tomada de decisões nos diversos âmbitos da nossa sociedade deve ser um exercício constante, de homens e mulheres, em todas as situações de nosso cotidiano.
Maure Pessanha é empreendedora e diretora-executiva da Artemisia. Texto publicado originalmente no Blog do Empreendedor — Estadão PME.
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