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Há uma ampla gama de pessoas que não associam os negócios de impacto social à inovação tecnológica, percepção que considero equivocada. No ecossistema brasileiro existem muitas empresas que, com tecnologia de ponta, têm desenvolvido soluções que potencializam o impacto socioambiental. Os exemplos são muitos e gostaria de destacar, nesta coluna, a UpFlux, fundada em 2017 por Alex Meincheim e Cleiton dos Santos Garcia. A empresa gera informação para análise do perfil epidemiológico a partir de dados dos prontuários eletrônicos; no cerne do negócio, a proposta é melhorar a eficiência de protocolos, linhas de cuidado e outros processos de suporte essenciais para o funcionamento das instituições de saúde.
Com profundo conhecimento científico na área de computação aplicada, essa healthtech tem desenvolvido soluções de análise de dados na plataforma e aplicado largamente na jornada dos pacientes em hospitais, operadoras de planos de saúde, unidades de pronto atendimento, entre outros. Primeira plataforma de Process Mining do Brasil, a UpFlux — que atua em 17 Estados e no Distrito Federal — desenvolve soluções para auxiliar os clientes a atingir a excelência operacional, unindo as ciências de dados e de processos no desenvolvimento de soluções para descobrir, mapear, monitorar e ajudar a melhorar processos produtivos de atendimento.
Por meio de inteligência artificial e mineração de processo, as soluções desenvolvidas pelo negócio de impacto social são aplicadas em hospitais, clínicas, laboratórios, centros oncológicos, operadoras de planos de saúde, centros de serviços compartilhados, indústrias e instituições financeiras.
Na prática, a UpFlux atua com a missão de gerenciar e melhorar a eficiência operacional de processos — o que é feito a partir do mapeamento de ineficiências conduzido com o uso de inteligência artificial. Ou seja, a descoberta dos gaps é feita a partir do entendimento dos modelos reais de processos aplicados em instituições de saúde, com informações extraídas diretamente do sistema de gestão do cliente.
A avaliação de conformidade compara os processos com modelos previamente definidos e identifica os desvios do preconizado. As melhorias podem ser feitas pelo cliente a partir dos insights que a plataforma entrega; o cliente pode transformar os dados em conhecimento para otimizar os resultados.
Para tangibilizar melhor a solução, em hospitais, o process mining evidencia desvios e falhas na jornada do paciente; em laboratórios, a análise de desempenho pode ser feita avaliando a produção de diagnósticos, o lead time e a produtividade das equipes, por exemplo. Nas operadoras de planos de saúde é possível analisar contas médicas para realizar a liberação automática. Com uma plataforma interativa — com dashboards facilmente configuráveis e ferramentas como a kanban — a healthtech realiza a monitoração contínua e ação do time gerencial e operacional.
Pensando em impactos sociais ao conectar a solução em hospitais, entre os principais resultados, destacam-se a redução do tempo de permanência no hospital; melhora a saúde da população e reduz custos maximizando ações preventivas; sistematização de controles, eliminando esforços manuais em planilhas; monitoramento do perfil epidemiológico em tempo real; otimização do uso de recursos e gestão de equipes; e maximização do desempenho e repasse ao município — no caso de aplicação em sistemas públicos de saúde.
Maure Pessanha é empreendedora e presidente do Conselho da Artemisia. Texto publicado originalmente no Blog do Empreendedor — Estadão PME.
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Pensando nos desafios que os(as) empreendedores(as) enfrentam para mensurar o impacto de suas soluções, nós da Artemisia nos juntamos à Agenda Brasil do Futuro e à Move Social para lançar o Guia Prático de Avaliação para Negócios de Impacto Social, disponível para download gratuito AQUI.
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