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Empreendedoras querem ampliar participação de mulheres no mercado de TI

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A história da PrograMaria começa com a ideia de formar um grupo feminino — composto por designers e jornalistas — interessado em aprender a programar. Algumas delas já tinham tentado estudar o tema, mas havia a falta de apoio e de encorajamento. Esse desafio, aliás, é compartilhado por muitas garotas no Brasil. As mulheres são consumidoras de tecnologia, mas pouco participam da produção dela. Com essa inquietação e da reflexão sobre os caminhos possíveis para romper com esse padrão, Iana Chan decidiu fundar, em 2018, o negócio de impacto social que oferece eventos e cursos, combinando base teórica e prática, e conectando as alunas com o mercado de trabalho.

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o mercado de TI pode apresentar um déficit de 290 mil profissionais em 2024; a estimativa é que não teremos pessoas qualificadas para atender totalmente a demanda. Somada a isso, a disparidade entre gêneros ainda é algo que chama a atenção: somente 20% dos profissionais de TI que atuam no Brasil são mulheres, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apaixonada por tecnologia, a jornalista Iana Chan sempre trabalhou com desenvolvedores e, à medida que alçava postos de liderança, sentia os obstáculos inerentes a um ambiente majoritariamente masculino. A constatação foi compartilhada com uma amiga designer e esse bate-papo se tornou o embrião da PrograMaria. Hoje, o negócio oferece soluções para grandes empresas interessadas em formar equipes mais diversas para as áreas de tecnologia.

Em 2020, a PrograMaria se consolidou como uma referência quando o tema é mulheres na tecnologia, a despeito de todas as adversidades comuns ao empreendedorismo de impacto, e as empreendedoras veem o futuro com otimismo. Investiram no digital para alcançar mais pessoas, ou seja, ampliar o impacto. O mercado de tecnologia está em pleno crescimento e precisamos formar mais profissionais qualificadas. Nesse contexto, o negócio auxilia as empresas que têm uma preocupação genuína com a diversidade. Esse é um caminho sem volta, que tornará as companhias de tecnologia mais inclusivas.

Para Iana e Mariana Pezarini, ouvir o relato de mulheres que estão se apropriando da tecnologia como desenvolvedoras — não somente como consumidoras — é muito significativo e é onde reside a força do negócio.

O impacto social do PrograMaria está diretamente associado à inserção de mulheres no mercado de tecnologia e na geração de renda por meio dos empregos; aumento da diversidade dentro das empresas contratantes; e ampliação da representatividade feminina em cargos de tecnologia da informação. Atualmente, mais de 6 mil mulheres foram impactadas pelo negócio, sendo que mais de 2 mil mulheres já passaram pelo curso online Eu ProgrAmo.

Maure Pessanha é empreendedora e diretora-executiva da Artemisia. Texto publicado originalmente no Blog do Empreendedor — Estadão PME.

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Pensando nos desafios que os(as) empreendedores(as) enfrentam para mensurar o impacto de suas soluções, nós da Artemisia nos juntamos à Agenda Brasil do Futuro e à Move Social para lançar o Guia Prático de Avaliação para Negócios de Impacto Social, disponível para download gratuito AQUI.

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