Artemisia

Primeira infância norteia empreendedorismo transformador

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A maternidade como insight para o desenvolvimento de negócios inovadores e de alto impacto social deveria ser objeto de atenção no Brasil

A maternidade como insight para o desenvolvimento de negócios inovadores e de alto impacto social. Essa é uma temática que deveria, na minha opinião, ser objeto de atenção especial no Brasil por ser uma estratégia de expansão para tornar o país mais equânime. Parece exagero? Defendo que não, sobretudo pelo enorme potencial de transformação social representado por negócios que possam endereçar alguns dos grandes desafios da temática.

Em uma análise bem racional, vê-se que o investimento em primeira infância – período que vai do nascimento até os seis anos de idade – é uma prioridade em nações com economias fortes porque resulta em adultos socialmente produtivos; cidadãos que contribuem para o crescimento econômico do país. Esse investimento social no futuro é essencial para romper o ciclo de pobreza que permeia muitas gerações.

Investir na primeira infância gera uma equação social pautada por melhores salários e menor dependência de programas públicos de assistência. No longo prazo, esse investimento aumenta as oportunidades oferecidas às crianças nascidas em meios menos favorecidos, construindo sociedades mais prósperas e justas. Negar acesso a estímulos de qualidade na infância rompe um ciclo de oportunidades socioeconômicas ao afetar o pleno desenvolvimento infantil.

A primeira infância é um campo fértil para o surgimento de soluções inovadoras; constitui uma janela de oportunidades para empreender negócios de impacto social que resultem na melhora da qualidade de vida do cidadão brasileiro de menor renda. O número de empresas que olham para isso com o viés de impacto social – foco no desenvolvimento das crianças brasileiras mais vulneráveis – ainda é incipiente. Mas, é preciso falar dos casos concretos que já existem e que podem servir de inspiração para o surgimento de novos.

Movida pela vontade de construir empresas de sucesso, uma nova geração de empreendedoras tem investido em startups de impacto, dentro da lógica do capitalismo consciente. O interesse em fomentar negócios nessa área surge, em parte, da constatação de que a base da aprendizagem humana está exatamente na primeira infância. Nesse período, o cérebro desenvolve a maioria das ligações entre os neurônios. As conexões fundamentais começam a se estabelecer nos primeiros anos de vida; aos três anos, 100 bilhões de células cerebrais – com as quais o bebê nasce – desenvolvem um quadrilhão de ligações, ou seja, número que é o dobro de conexões que um adulto possui. Aos quatro anos, essa criança terá atingido metade do potencial mental. Estudos apontam que as condições do desenvolvimento, da gestação até os primeiros seis anos, estão associadas às contribuições que a criança trará à sociedade.

Um dos exemplos de negócio de impacto social com esse viés é o CanalBloom – aplicativo de educação parental que apoia mães e pais de crianças nessa fase da vida, construindo uma ponte entre famílias e o conhecimento produzido pelos maiores especialistas do mundo em desenvolvimento infantil. Acontece que quando nasce uma criança, nascem uma mãe e um pai cheios de dúvidas e aprendizados pela frente. Nessa jornada, ter acesso a informações de qualidade e com base científica é a chave para o desenvolvimento desse cidadão e dessa família; pessoas capazes de contribuir para criarmos, juntos, uma sociedade mais saudável.

A empresa – que atua com opções de assinatura para oferecer conteúdos qualificados no tema – amplificou a trajetória de impacto, oferecendo um serviço gratuito patrocinado pela United Way Brasil: organização sem fins lucrativos que integra uma rede global focada na educação de crianças e jovens, que desenvolve habilidades e competências para a vida. A trilha de aprendizado Crescer Aprendendo, disponível no aplicativo, conta com mais de 40 conteúdos nos formatos de vídeo, áudio, brincadeiras e planos de ação para apoiar a família nos desafios mais comuns da parentalidade.

A proposta é levar orientações gratuitas sobre os primeiros anos de vida de uma criança, tendo como foco chegar a pais, mães e cuidadores em situação de vulnerabilidade social. Na prática, o negócio de impacto social mergulha em tudo o que a ciência sabe sobre o desenvolvimento socioemocional das crianças e cria jornadas de aprendizados e ferramentas para pais e responsáveis superarem, com sucesso, os desafios – e ainda se divertirem bastante na criação dos filhos. O CanalBloom oferece conhecimento, cuidado e colo para apoiar a futura geração de brasileiros e brasileiras mais felizes e com oportunidades iguais.

 

Você é empreendedor(a) de uma startup de impacto? Estamos sempre em busca de novos(as) empreendedores(as) — de todo o Brasil — que queiram gerar impacto positivo em nossa sociedade. Compartilhe mais sobre você e seu negócio AQUI. Se sua solução tiver fit com um dos nossos programas de aceleração, entraremos em contato. 🙂

 

  • Maure Pessanha é coempreendedora e diretora-executiva da Artemisia, organização pioneira no fomento e na disseminação de negócios de impacto social no Brasil.
  • Texto publicado originalmente no Blog do Empreendedor — Estadão PME.

 

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A maternidade como insight para o desenvolvimento de negócios inovadores e de alto impacto social deveria ser objeto de atenção no Brasil

 

A maternidade como insight para o desenvolvimento de negócios inovadores e de alto impacto social. Essa é uma temática que deveria, na minha opinião, ser objeto de atenção especial no Brasil por ser uma estratégia de expansão para tornar o país mais equânime. Parece exagero? Defendo que não, sobretudo pelo enorme potencial de transformação social representado por negócios que possam endereçar alguns dos grandes desafios da temática.

Em uma análise bem racional, vê-se que o investimento em primeira infância – período que vai do nascimento até os seis anos de idade – é uma prioridade em nações com economias fortes porque resulta em adultos socialmente produtivos; cidadãos que contribuem para o crescimento econômico do país. Esse investimento social no futuro é essencial para romper o ciclo de pobreza que permeia muitas gerações.

Investir na primeira infância gera uma equação social pautada por melhores salários e menor dependência de programas públicos de assistência. No longo prazo, esse investimento aumenta as oportunidades oferecidas às crianças nascidas em meios menos favorecidos, construindo sociedades mais prósperas e justas. Negar acesso a estímulos de qualidade na infância rompe um ciclo de oportunidades socioeconômicas ao afetar o pleno desenvolvimento infantil.

A primeira infância é um campo fértil para o surgimento de soluções inovadoras; constitui uma janela de oportunidades para empreender negócios de impacto social que resultem na melhora da qualidade de vida do cidadão brasileiro de menor renda. O número de empresas que olham para isso com o viés de impacto social – foco no desenvolvimento das crianças brasileiras mais vulneráveis – ainda é incipiente. Mas, é preciso falar dos casos concretos que já existem e que podem servir de inspiração para o surgimento de novos.

Movida pela vontade de construir empresas de sucesso, uma nova geração de empreendedoras tem investido em startups de impacto, dentro da lógica do capitalismo consciente. O interesse em fomentar negócios nessa área surge, em parte, da constatação de que a base da aprendizagem humana está exatamente na primeira infância. Nesse período, o cérebro desenvolve a maioria das ligações entre os neurônios. As conexões fundamentais começam a se estabelecer nos primeiros anos de vida; aos três anos, 100 bilhões de células cerebrais – com as quais o bebê nasce – desenvolvem um quadrilhão de ligações, ou seja, número que é o dobro de conexões que um adulto possui. Aos quatro anos, essa criança terá atingido metade do potencial mental. Estudos apontam que as condições do desenvolvimento, da gestação até os primeiros seis anos, estão associadas às contribuições que a criança trará à sociedade.

Um dos exemplos de negócio de impacto social com esse viés é o CanalBloom – aplicativo de educação parental que apoia mães e pais de crianças nessa fase da vida, construindo uma ponte entre famílias e o conhecimento produzido pelos maiores especialistas do mundo em desenvolvimento infantil. Acontece que quando nasce uma criança, nascem uma mãe e um pai cheios de dúvidas e aprendizados pela frente. Nessa jornada, ter acesso a informações de qualidade e com base científica é a chave para o desenvolvimento desse cidadão e dessa família; pessoas capazes de contribuir para criarmos, juntos, uma sociedade mais saudável.

A empresa – que atua com opções de assinatura para oferecer conteúdos qualificados no tema – amplificou a trajetória de impacto, oferecendo um serviço gratuito patrocinado pela United Way Brasil: organização sem fins lucrativos que integra uma rede global focada na educação de crianças e jovens, que desenvolve habilidades e competências para a vida. A trilha de aprendizado Crescer Aprendendo, disponível no aplicativo, conta com mais de 40 conteúdos nos formatos de vídeo, áudio, brincadeiras e planos de ação para apoiar a família nos desafios mais comuns da parentalidade.

A proposta é levar orientações gratuitas sobre os primeiros anos de vida de uma criança, tendo como foco chegar a pais, mães e cuidadores em situação de vulnerabilidade social. Na prática, o negócio de impacto social mergulha em tudo o que a ciência sabe sobre o desenvolvimento socioemocional das crianças e cria jornadas de aprendizados e ferramentas para pais e responsáveis superarem, com sucesso, os desafios – e ainda se divertirem bastante na criação dos filhos. O CanalBloom oferece conhecimento, cuidado e colo para apoiar a futura geração de brasileiros e brasileiras mais felizes e com oportunidades iguais.

 

  • Maure Pessanha é coempreendedora e diretora-executiva da Artemisia, organização pioneira no fomento e na disseminação de negócios de impacto social no Brasil.

 

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